O uso de diferentes elementos visuais em apresentações ajuda a enriquecer o conteúdo e garantir a atenção da audiência. Saiba em quais tendências apostar!
Há quem acredite que o sucesso de uma apresentação está atrelado somente ao seu conteúdo. Mas conhecer as principais tendências de design e saber usar essas informações de forma assertiva pode fazer a diferença nas suas apresentações.
Você certamente já deve ter escutado a frase: “a primeira impressão é a que fica”. E isso está longe de ser meramente um dito popular.
Há alguns anos, pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) descobriram que nosso cérebro é capaz de interpretar imagens captadas pelos olhos em apenas 13 milissegundos.
Pensando no contexto de uma apresentação, por exemplo, isso significa que antes mesmo de pronunciar as primeiras palavras, sua audiência já terá formado uma opinião ao seu respeito com base na sua aparência e nos materiais visuais que você exibir.
Por isso, é preciso ter um cuidado especial com os elementos visuais que vão ajudar a compor seu discurso. Afinal, as imagens também comunicam.
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Estar por dentro das tendências de design que aparecem ano após ano é importante porque elas surgem, justamente, a partir de uma observação sobre o que os consumidores estão buscando e como o design das peças, produtos, propagandas e apresentações vão acompanhar essas expectativas.
Agora, por exemplo, podemos observar dois fenômenos importantes. O primeiro tem relação direta com a ascensão da Inteligência Artificial (IA).
Os modelos de IA generativa dão às pessoas a sensação de que todo mundo pode tudo. Ou seja, cada vez mais leigos em diferentes assuntos conseguem desempenhar atividades que antes não eram capazes por conta do acesso facilitado que essas ferramentas oferecem.
Outro ponto importante a observar no contexto atual é a ampla oferta de serviços disponíveis. Antes, as empresas se concentravam mais na comercialização de produtos, mas hoje temos diversos exemplos de companhias que atuam como facilitadoras entre os consumidores e os vendedores finais, como Ifood e Decolar.
Mas isso fez surgir no consumidor uma desconfiança: as empresas oferecem tudo isso para facilitar ou isso é uma forma de concentrar cada vez mais produtos e serviços, visando o aumento dos lucros? O consumidor está, de fato, comprando produtos bons?
Para driblar esse sentimento e criar mais conexão com o consumidor, a alternativa tem sido trabalhar elementos visuais capazes de gerar mais identificação e mais pessoalidade. E esse é um pensamento que vai guiar algumas lógicas por trás das tendências que apresentaremos a seguir.
Durante a Masterclass “Tendências de design para 2024”, disponível no Youtube da SOAP, a diretora de arte, Nica Amerssonis, compartilhou dicas sobre quais são as principais tendências em alta para este ano. Veja a lista a seguir:
A cor do ano de 2024, definida pela Pantone, empresa de consultoria que desenvolve sistemas codificados para organizações de cores, é o Peach Fuzz. Ele é um tom de pêssego aveludado que é quente, mas ao mesmo tempo suave e reconfortante.
A cor transmite justamente a ideia de encantamento, conforto, autocuidado e conexão, que é justamente o que os consumidores buscam hoje.
Essa é uma tendência que nunca sai de moda, mas que a cada ano se reinventa. Outras formas de inclusão estão sendo desenvolvidas no ambiente digital para englobar o maior número de pessoas.
Um exemplo é o aplicativo de gerenciamento de projetos, Trello, que começou a trabalhar com texturas e ícones para auxiliar pessoas com daltonismo a localizar melhor as informações na plataforma.
No design gráfico, o minimalismo é uma forma de apresentar os elementos de maneira mais elegante e eficiente. A popularidade desse recurso tende a crescer em 2024, especialmente porque vivenciamos um momento em que estamos saturados de informações. Assim, quanto mais direto ao ponto você for, mais facilmente você conquistará sua audiência.
Diferentemente do que se possa imaginar, existem diferentes estilos de minimalismo, embora seu conceito seja mais atemporal.
O minimalismo robusto, por exemplo, apresenta elementos mais estourados. A tipografia tende a ocupar grande parte do layout, sem precisar do apoio de outros elementos para entregar a informação.
Outra tendência de design que está ganhando cada vez mais destaque são os gradientes abstratos, que trabalham a transição de cores com um efeito suave esfumado responsável por transformar as cores de forma suave.
Nessa tendência também está sendo comum o uso de cores vibrantes e neon, inspiradas no estilo de lâmpadas de lava para criar um visual mais surreal e nostálgico.
O gradiente serve para adicionar profundidade e dimensão para as peças, além de ajudar a criar movimento e fluxo para o design.
Uma dica da diretora de arte da SOAP é escolher cores que vão complementar a mensagem do design que está sendo trabalhado ou que façam parte da marca da empresa com que se está trabalhando.
“Usar gradientes um pouco mais sutis também vai trazer uma sensação de mais elegância para a sua peça. Os gradientes mais vibrantes têm um tom mais ousado e divertido”, analisou Nica Amerssonis.
Essa tendência combina nostalgia, realismo e lúdico. Segundo Nica, essa estética oferece aos designers ferramentas para criar experiências visuais explorando elementos mais sensoriais que causam conforto visual.
Dentro desse estilo, um que está super em alta que é o 3D inflado, onde objetos e materiais que normalmente não seriam infláveis, aparecem aguçados e acompanhados de cores que melhoram o humor com uma combinação de cores lúdicas e alegres. Também podem ser usados em fontes, com formas borbulhantes.
As formas geométricas são usadas desde a época da Escola de Bauhaus, na década de 1920. A diferença é que agora, essas formas aparecem com cores vibrantes, paletas vivas e harmônicas.
Além disso, sobreposições imprevisíveis e a desordem dos elementos são recursos trabalhados nessa tendência. No entanto, as cores tendem a seguir uma paleta que fazem tudo ornar.
Já as colagens são uma tendência do design que se inspira na cultura de magazines, de álbuns de recorte, de montagens de foto como scrapbooks para criar paisagens, cenários e sensações complexas.
Basicamente, a ideia é combinar elementos visuais diversos, acompanhados ou não de uma temática — também é possível juntar elementos improváveis para criar peças únicas e impactantes que capturem a atenção do público.
A colagem tem um estilo mais analógico, de algo feito a mão e artesanal. Mas, em 2024, a colagem aparece como parte da tendência de motion graph. Ela deixa de ser uma colagem simples para ser uma arte viva.
Essa tendência inspirada nas caixas de bento japonesas consiste em utilizar boxes de tamanhos variados para organizar e apresentar informações e elementos visuais de forma coesa.
Ela oferece uma maneira mais eficaz de organizar, delimitando também a hierarquia do conteúdo. O modelo faz alusão a história em quadrinho, o que pode contribuir para a construção do storytelling e de como esses elementos são apresentados.
Os pixels são elementos presentes na comunicação digital desde a ascensão da internet. Agora os pixels passam a ser utilizados em uma combinação de gráficos modernos, com elementos pixelados aplicados em tipografias ou gráficos.
Essa é uma tendência para quem quer brincar com sentimentos de nostalgia e modernidade, mas de uma forma mais subjetiva.
“Agora os pixels são incorporados na peça como um todo. É uma tendência mais elegante e menos lúdica”, disse Nica.
Diferentemente do surrealismo do Salvador Dalí que respeita as cores originais dos objetos, animais, pessoas e demais elementos retratados, essa tendência surrealista é mais fantástica. Traz cores vibrantes, iluminações e uma ressignificação de objetos mundanos, permitindo aos designers criarem cenários imaginativos por meio de outros recursos além da ilustração.
As ferramentas de Inteligência Artificial que geram imagens a partir de comandos, como o MidJourney, ampliaram essa capacidade do surrealismo. Agora, é possível criar imagens a partir de qualquer ideia, com ou sem sentido lógico.
A seguir, confira na íntegra a Masterclass sobre as tendências de design para 2024 com a diretora de arte da SOAP, Nica Amerssonis:
Diferentes deslizes podem ser cometidos na hora de montar os slides de uma apresentação. Um erro clássico, por exemplo, é encher os slides com textos ou utilizar imagens de baixa qualidade.
Além de ficar visualmente desagradável, isso pode afetar a credibilidade de quem está apresentando, seja um professor, estudante ou profissional de qualquer nível de carreira ou área de atuação.
Para não cometer mais essas falhas e garantir o sucesso da sua apresentação, pense na tríade: design estratégico + paleta de cores + elementos visuais. Esses são os principais pontos que devem ser levados em consideração na hora de estruturar seus materiais.
O design estratégico está relacionado ao layout do seu slide. Vale apostar em um template único e personalizado, em vez de utilizar opções engessadas disponíveis em softwares gratuitos.
Na hora de definir esse layout, o ideal é avaliar o perfil do seu público-alvo e o objetivo da apresentação.
Outra questão importante é a escolha das cores que serão utilizadas nos slides da sua apresentação. Muitos estudos psicológicos comprovam que dependendo da forma como as cores são trabalhadas podem causar emoções diversas na audiência. Portanto, garanta que a mensagem correta seja transmitida por meio dos seus slides.
Por fim, a mesma atenção deve ser dada aos outros elementos que vão compor seus slides. Isso inclui: imagens, gráficos, infográficos, vídeos e até mesmo a fonte utilizada nos textos.
Além disso, é importante tomar cuidado com possíveis excessos em relação às tendências. Elas dever servir de inspiração na hora de criar seus designs, mas é preciso usá-las de forma harmônica.
A principal “regra” na hora de montar suas apresentações é avaliar quem é seu público, quais são suas necessidades, o que esperam e o que a apresentação deve entregar.
Outro ponto a considerar é que algumas tendências desaparecem na mesma velocidade que surgem. Assim, é sempre bom estar antenado às melhores práticas do mercado, para não acabar desenvolvendo algo que não esteja de acordo com as tendências do momento.
Por isso, ao montar seus slides, sempre observe a estética e avalie se corresponde ao perfil do seu público, se valoriza seu conteúdo e quais as chances de você se sair bem-sucedido em sua apresentação. Vale pedir opiniões de terceiros e fazer adequações se necessário.
Se você não quer errar nas suas apresentações e quer ajudar os colaboradores da sua empresa a criar slides didáticos e impactantes, a SOAP tem um treinamento corporativo perfeito para isso: o SOAP Slides.
Durante as aulas, os participantes aprendem técnicas e recursos importantes da ferramenta Microsoft PowerPoint. As aulas são práticas e alinham conceito e prática para compartilhar truques valiosos para quem quer aprender a criar designs incríveis. Conheça!
