Durante uma apresentação a interação com o público requer diferentes mecanismos de abordagem para transmitir a mensagem e alcançar a audiência.
Durante uma apresentação a interação com o público requer diferentes mecanismos de abordagem para transmitir a mensagem e alcançar a audiência. As pessoas têm interesse e percepções diferentes sobre um mesmo assunto e a aplicação da semiótica pode ajudar nesse desafio.
As palavras e sinais são poderosos quando empregados de forma estratégica dentro de um contexto, podendo ter mais de um sentido. Entender como os indivíduos interpretam e compreendem a linguagem verbal e não verbal torna a ferramenta uma aliada da comunicação.
Neste post trazemos o significado da semiótica, com exemplos práticos de aplicação. Continue lendo e veja como o uso desse recurso alinhado às técnicas de oratória pode ser decisivo nas suas apresentações!
Semiótica é a ciência de interpretar os significados indiretos de uma mensagem e vem do grego emeiotiké, “a arte dos sinais”. Seu principal objetivo é estudar as mais diversas linguagens usadas no dia a dia e como as pessoas compreendem as mensagens.
É chamado de signo, todo e qualquer mecanismo de linguagem com foco no imaginário criativo do outro. Assim, é possível recorrer a palavras, símbolos, placas, ícones e outros, para representar o que se deseja que seja transmitido.
Tomemos como exemplo a semiótica do “eu te amo” para ela:
Há duas formas de expressar o sentimento, sendo a primeira uma linguagem verbal, direta, objetiva e sem rodeios.
Já a segunda, bem mais elaborada, envolve reservas no restaurante, abrir a porta do carro e comprar um punhado de flores. Nesse caso, reservas, portas e flores são mensagens semióticas.
A intenção é conduzir a pessoa, com uma linguagem não verbal, a concluir sozinha a mensagem geral da noite. Aliás, a própria noite, compõe a informação, o que favorece o cenário da imaginação, afinal, ninguém faz pedido de casamento na hora do chá.
Com o emprego da semiótica ao longo de uma apresentação, o orador consegue recorrer a sons, imagens e sinais corporais como forma de linguagem. Conhecendo previamente o perfil do público é possível trabalhar sua memória de associação criativa.
O lançamento de um novo perfume, por exemplo, em uma convenção para franqueados surte mais efeito se a audiência puder tangibilizar sua utilidade e benefícios.
Assim, mais do que dizer que se trata de “uma excelente fragrância”, sentir o aroma e entender a composição dará maior dimensão das sensações que o perfume pode causar nos consumidores, o que fortalece o desejo de ter o produto na loja.
Há vários caminhos, portanto, para se colocar ideias na cabeça de alguém, logo, no universo das apresentações, onde negócios e projetos estão em jogo, o mais indicado é abusar, com inteligência, de todos os recursos disponíveis.
Cada opção deve ser trabalhada com atenção, com destaque para a visual, onde nenhum rabisco é por acaso. Ao construir a direção de arte de uma apresentação, cada traço faz uma referência, cada pantone é um sinal de respeito.
As alusões à empresa responsável são mescladas com uma série de outras opções. Todas determinadas por fatores como: “qual a faixa etária do público?“, “qual o objetivo geral?“.
Uma cor de fundo, por exemplo, pode influenciar no humor de uma plateia, o que pesa quando falamos de reuniões de chance única. Talvez não haja nova oportunidade de convencer a audiência de que está diante do melhor ou mais rentável.
As mensagens estão em toda parte e mais do que procurar entendê-las, o objetivo essencial é senti-las. Em um mundo cada vez mais competitivo, vencerá quem souber oferecer uma experiência única desde o primeiro contato.
A semiótica é objeto precioso quando bem posicionada dentro de uma apresentação, nos momentos mais decisivos. Uma boa oratória é capaz de engajar as pessoas por meio das histórias contadas e, para isso, deve ser criativa, interessante e sedutora.
Em um universo repleto de signos semióticos, um orador estático e inexpressivo dificilmente passará a mensagem adequada. O dinamismo de uma apresentação pode conduzir e determinar tomadas de decisão importantes.
Não basta apenas dominar o tema e ter conhecimento técnico para responder às perguntas mais complexas. É preciso envolver e estabelecer uma conexão com a audiência utilizando variadas maneiras de prender a atenção na transmissão da mensagem.
O tom de voz, os elementos gráficos, os sons e ruídos, os símbolos, tudo isso, impacta e fortalece a oratória. Ao inserir os estudos da semiótica no processo de construção da apresentação, será mais fácil analisar detalhes do perfil e comportamento do público.
A semiótica é uma ferramenta de extrema eficiência quando trabalhada junto com as técnicas de oratória. Para garantir boas apresentações é imprescindível ampliar os horizontes e inspirar a audiência a fazer o mesmo.
Quanto mais envolvido, mais o público dará atenção ao que o orador está dizendo e participará efetivamente daquele momento. Os recursos da semiótica são ganchos para transitar entre um assunto e outro sem perder o ritmo ou a qualidade do conteúdo.
É preciso pensar na preciosidade do tempo, cada vez mais escasso em um mundo digital e acelerado. As pessoas quando participam de uma apresentação, desejam sair delas mais enriquecidas em conhecimento e informação, logo, a semiótica ajuda a configurar e adequar a linguagem para atrair, reter e fidelizar a audiência participante.
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