Já ouviu falar em oficina do texto? Nós, roteiristas da SOAP Brasil fizemos uma imersão ao mundo da escrita, lá na Casa do Saber.
Já ouviu falar em oficina do texto?
Nós, roteiristas da SOAP Brasil fizemos uma imersão ao mundo da escrita, lá na Casa do Saber. O curso se chama Oficina de Texto (clique aqui para mais informações), mas vai muito além de uma simples aula de como escrever bem. Nos aprofundamos em textos que aparentemente nos contam apenas uma história, mas que em um segundo momento, com uma leitura crítica, nos fazem entender o que o autor quis transmitir entre as linhas. Apenas esse exercício, de entender o que o autor quis dizer sem precisar dizer, já nos surpreendeu. São inúmeros os casos de más interpretações que uma leitura rápida pode causar. Vamos ao desafio:
1. Ouça atentamente a música A Violeira (Tom Jobim e Chico Buarque), prestando atenção à história da pobre menina que tem o sonho de morar no Rio de Janeiro.
2. Agora preste atenção à letra da música, pontuando quais foram os locais pelos quais a menina precisou passar.
Desde menina Caprichosa e nordestina Que eu sabia, a minha sina Era no Rio vir morar Em Araripe Topei como chofer dum jipe Que descia pra Sergipe Pro Serviço Militar Esse maluco Me largou em Pernambuco Quando um cara de trabuco Me pediu pra namorar Mais adiante Num estado interessante Um caixeiro viajante Me levou pra Macapá Uma cigana revelou que a minha sorte Era ficar naquele Norte E eu não queria acreditar Juntei os trapos com um velho marinheiro Viajei no seu cargueiro Que encalhou no Ceará Voltei pro Crato E fui fazer artesanato De barro bom e barato Pra mó de economizar Eu era um broto E também fiz muito garoto Um mais bem feito que o outro Eles só faltam falar Juntei a prole e me atirei no São Francisco Enfrentei raio, corisco Correnteza e coisa-má Inda arrumei com um artista em Pirapora Mais um filho e vim-me embora Cá no Rio vim parar Ver Ipanema Foi que nem beber jurema Que cenário de cinema Que poema à beira-mar E não tem tira Nem doutor, nem ziguizira Quero ver que é que tira Nós aqui desse lugar Será verdade Que eu cheguei nessa cidade Pra primeira autoridade Resolver me escorraçar Com tralha inteira Remontar a Mantiqueira Até chegar na corredeira O São Francisco me levar Me distrair Nos braços de um barqueiro sonso Despencar na Paulo Afonso No oceano me afogar Perder os filhos Em Fernando de Noronha E voltar morta de vergonha Pro sertão de Quixadá Tem cabimento Depois de tanto tormento Me casar com algum sargento E todo sonho desmanchar Não tem carranca Nem trator, nem alavanca Quero ver que é que arranca Nós aqui desse lugar
3. Por fim, a menina realizou seu sonho? Onde ela está hoje?
Aguardo seu comentário em nossa oficina do texto para compartilhar o fim dessa história!