Como escolher o gráfico ideal para seus dados

Aprenda a selecionar o gráfico certo para transmitir sua mensagem de forma clara e impactante

Treinamento SOAP
30/09/2024
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Quando o assunto é apresentar dados em uma apresentação corporativa, a definição do gráfico ideal pode fazer toda a diferença. Um gráfico bem escolhido deixa as informações mais claras e será elemento chave para a narrativa. 

Por outro lado, o gráfico errado pode causar confusão, distorcer a mensagem ou até levar a interpretações equivocadas. 

Um exemplo clássico de escolha errada é o uso de um gráfico de pizza para comparar múltiplas categorias com pequenas variações. 

Imagine que você precisa comparar as receitas de cinco diferentes departamentos de uma empresa, em que as porcentagens são muito próximas (22%, 21%, 20%, 19%, 18%). Um gráfico de pizza tornaria difícil para o público identificar claramente essas diferenças sutis, já que fatias muito próximas em tamanho confundem a visualização.

Claro, numa situação em que esses números são irrelevantes, o gráfico de pizza cabe, mas é muito comum essas comparações serem negligenciadas pelo simples desconhecimento de como escolher gráficos.

Em casos como esse, um gráfico de barras seria a escolha mais apropriada, pois permitiria uma comparação direta e visualmente mais clara entre os valores. A simplicidade e a linearidade das barras tornariam mais fácil identificar quais departamentos tiveram o melhor desempenho, mesmo com pequenas variações.

Nunca tinha parado para pensar sobre isso? Então vamos aprender mais!

Passos para escolher o gráfico ideal na sua apresentação

1. Conheça seu público e seu objetivo

O primeiro passo para escolher o gráfico ideal é entender quem é seu público e o que você deseja comunicar. Nem todos os gráficos são apropriados para todas as audiências. 

Se você está falando para uma equipe técnica e sênior, provavelmente gráficos complexos — com várias camadas de informações e múltiplas variáveis, como o gráfico de dispersão com múltiplas séries — não causarão ruídos, podem até ser mais adequados. 

Porém, se o público não tem familiaridade com dados, gráficos mais simples e intuitivos — mais diretos, focando em um ponto específico, como o gráfico de linha ou pizza — são recomendados.

Além disso, você deve estar claro sobre qual é o objetivo de sua apresentação. Você quer convencer, informar ou simplesmente compartilhar um status? Isso também determinará a escolha dos gráficos. 

Por exemplo, gráficos de barras e linhas são ótimos para comparações e tendências, enquanto gráficos de pizza ajudam a visualizar proporções.

2. Leve em consideração o tipo de dado

Aqui está um guia rápido para ajudá-lo a escolher o gráfico certo, dependendo do tipo de dados que você tem e da mensagem que quer passar:

  • Gráfico de barras: ideal para comparar valores entre diferentes categorias. Se você quiser mostrar, por exemplo, as vendas de diferentes produtos ao longo de um trimestre, um gráfico de barras oferece uma visão clara das variações.
  • Gráfico de linhas: excelente para mostrar tendências ao longo do tempo. É ideal para dados contínuos, como o crescimento de receita ao longo de meses ou anos.
  • Gráfico de pizza: melhor utilizado para mostrar proporções de um todo. Se você quiser apresentar a participação de mercado de diferentes marcas, esse gráfico ajuda a visualizar como cada parte contribui para o todo.
  • Gráfico de dispersão: útil para mostrar correlações entre duas variáveis. Se você quer mostrar a relação entre investimento em marketing e retorno em vendas, o gráfico de dispersão pode demonstrar se existe ou não uma correlação clara.
  • Tabela: se você precisa mostrar números exatos e quer que o público tenha uma visão detalhada, uma tabela pode ser a melhor escolha. No entanto, evite usá-la para grandes quantidades de dados em apresentações, pois pode sobrecarregar o espectador.

3. Simplifique sempre que possível

Em apresentações corporativas, o tempo é limitado e a atenção das pessoas é disputada. Por isso, ao escolher um gráfico, busque simplicidade

Evite gráficos com muitos detalhes desnecessários ou cores que possam confundir. Sempre que possível, destaque apenas as informações mais importantes. 

Por exemplo, se você está apresentando o desempenho de quatro campanhas de marketing ao longo de três meses e seu objetivo é destacar qual campanha teve o melhor desempenho no último mês, use um gráfico de linhas (uma linha para cada campanha), mas mostre os números apenas no mês com melhor desempenho. Isso direciona o foco para o dado mais relevante.

Menos é mais quando se trata de visualizações de dados.

Uma dica importante é garantir que os eixos e rótulos estejam sempre bem visíveis e compreensíveis. Elimine qualquer informação que não seja essencial para a interpretação dos dados.

Leia também: 3 ferramentas de Data Storytelling que você precisa conhecer

4. Utilize cores e formas estrategicamente

Sim, cores em excesso podem estragar tudo, se mal utilizadas. Mas elas, junto com as formas, também podem transformar a compreensão de um gráfico. Basta usá-las com parcimônia e intencionalidade. 

Cores vibrantes, por exemplo, podem atrair a atenção do público para partes específicas dos seus dados, enquanto cores mais suaves podem ficar em segundo plano. 

Ao trabalhar com gráficos de comparação, escolha uma paleta de cores que facilite a diferenciação entre as categorias sem criar poluição visual.

Além disso, cuidado ao usar formas ou padrões. Um gráfico de pizza em 3D, por exemplo, pode parecer atrativo, mas pode distorcer a percepção das proporções e causar confusão. Prefira representações bidimensionais, que são mais precisas.

Mulher comandando uma apresentação com análise de dados
A forma como você apresenta seus dados ditará a probabilidade de entendimento do público

5. Construa uma narrativa com seus dados

Data storytelling é a arte de transformar dados em uma narrativa convincente. Isso significa que, ao invés de apenas apresentar números, você deve guiá-los por uma narrativa até a conclusão. 

Para isso, a escolha dos gráficos deve seguir uma sequência lógica, que leva o público a compreender os dados e, ao final, chegar à conclusão que você deseja.

Aqui estão algumas práticas que podem ajudar no Data Storytelling:

  • Contextualize seus gráficos: introduza cada gráfico explicando brevemente o que ele representa e como ele se conecta à mensagem geral da apresentação. Isso ajuda o público a entender o porquê de cada visualização.
  • Crie uma progressão visual: ao escolher gráficos, pense em uma progressão que ajude o público a absorver os dados passo a passo. Por exemplo, inicie com um gráfico de barras que mostre comparações gerais e, em seguida, aprofunde-se com gráficos de dispersão para explorar as correlações.
  • Destacar insights importantes: não deixe o público por conta própria interpretar os gráficos. Use destaques visuais, como cores ou formas, para indicar os pontos-chave que você quer que eles notem. Sublinhe as conclusões e use elementos gráficos para destacar picos ou tendências relevantes.

6. Crie uma conexão emocional

Dados frios e isolados dificilmente provocam reações emocionais. Aqui também entra o poder do Data Storytelling. 

Ao apresentar seus dados de maneira que conte uma história, você não só fornece informação, como também cria uma conexão com seu público. 

Mostre como os dados afetam o contexto real em que o público está inserido ou traga casos práticos que conectem os números a resultados palpáveis. Assim, você transforma o dado em algo relevante e emocionalmente significativo.

Por exemplo, em uma apresentação sobre desempenho de vendas, ao invés de apenas mostrar que as vendas aumentaram 20%, explique que esse crescimento permitiu contratar 10 novos funcionários, melhorar o atendimento ao cliente e expandir para novos mercados. 

Isso conecta o dado ao impacto real no negócio e na equipe, tornando-o mais significativo para o público.

7. Direcione sua audiência para a ação

Outro fator importante na escolha de gráficos é garantir que eles conduzam a audiência ao objetivo final de sua apresentação. Se o intuito é provocar uma mudança ou gerar uma ação específica, os gráficos devem facilitar esse processo. 

Por exemplo, gráficos que mostrem crescimento de mercado podem ser usados para sustentar uma proposta de investimento, enquanto gráficos que destacam perdas podem reforçar a urgência de tomar medidas corretivas.

Exemplos de aplicação do Data Storytelling em gráficos:

  • Relatórios de vendas: em uma reunião de resultados trimestrais, você pode começar com um gráfico de barras para mostrar as vendas totais por região, seguido de um gráfico de linhas para ilustrar o crescimento ao longo do tempo. Finalize com um gráfico de dispersão mostrando a relação entre o aumento de investimentos em marketing e o aumento nas vendas.
  • Análise de desempenho financeiro: use um gráfico de pizza para mostrar a distribuição das despesas da empresa e, em seguida, um gráfico de barras para comparar a evolução das margens de lucro em diferentes departamentos. A história contada através desses gráficos pode destacar a necessidade de otimização de custos em áreas específicas.

Aperfeiçoe suas habilidades de Data Storytelling

Escolher o gráfico ideal e contar uma história com dados é uma habilidade essencial para qualquer profissional que deseja se destacar em apresentações corporativas. 

Se deseja que seu time aprenda a selecionar os gráficos certos, garantir que eles sejam claros e compreensíveis, e utilizar elementos visuais para direcionar sua mensagem de forma emocional e impactante, temos a solução para sua empresa!

No treinamento SOAP Data Storytelling, você e seu time aprenderão:

  • Como selecionar os gráficos que devem estar na apresentação;
  • Técnicas para garantir que os gráficos sejam claros e compreensíveis;
  • Como utilizar elementos visuais para direcionar sua mensagem;
  • Formas de criar vínculo emocional com sua audiência utilizando gráficos;
  • Dicas para conduzir sua audiência ao objetivo desejado.

Entre em contato conosco para saber mais e descobrir como transformar suas apresentações em narrativas visuais persuasivas!



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